sexta-feira, 17 de junho de 2011

Plano de expansão de energia prevê 30 hidrelétricas até 2020

Governo espera que usinas comecem a entrar em funcionamento em 2016; previsão é que setor precise de 190 bilhões de reais em investimentos

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Apenas 6 das 30 hidrelétricas previstas já têm autorização
Brasília - O Brasil deve ter pelo menos mais 30 usinas hidrelétricas até 2020, que vão gerar cerca de 19 mil megawatts (MG) de energia.

Dessas, seis já foram autorizadas e devem entrar em operação a partir de 2018.

Outras 24 ainda dependem de autorização e têm previsão de começar a funcionar a partir de 2016.

A previsão está no Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 (PDE), divulgado hoje (3) pelo Ministério de Minas e Energia.
O documento prevê o planejamento energético do país até 2020 e serve para orientar as decisões do governo no atendimento ao crescimento da demanda e à necessidade de infraestrutura para o setor. O texto será submetido à consulta pública até o dia 1º de julho.

Segundo o PDE, entre 2010 e 2020 a taxa média de crescimento do consumo de energia elétrica será de 4,6% ao ano.

Para a expansão da geração de energia serão necessários, entre 2011 e 2020, investimentos de R$ 190 bilhões.

Desse total, R$ 100 bilhões são referentes a investimentos em novas usinas - 55% em hidrelétricas e 45% no conjunto de outras fontes renováveis, como pequenas centrais hidrelétricas, usinas movidas a biomassa ou usinas eólicas.

Para a transmissão de energia, os investimentos totais entre 2011 e 2020 devem ser de cerca de R$ 46,4 bilhões, sendo R$ 30 bilhões em linhas de transmissão e R$ 16,4 bilhões em subestações.

A demanda total de etanol projetada para 2020 é de 73,3 bilhões de litros.

Para atender a essa demanda será necessária a expansão da capacidade industrial atual, tanto com o aumento da produção nas usinas já existentes quanto na construção de novas.

De acordo com o PDE, a estimativa dos investimentos necessários é de cerca de R$ 90 bilhões até 2020. “É importante destacar que, para o atendimento da demanda no médio prazo, é necessária a retomada dos investimentos em toda a cadeia produtiva, que foram significativamente reduzidos nos últimos anos, além de problemas climáticos (estiagem) em 2010 e alta do preço do açúcar no mercado internacional”, aponta o estudo.

O plano prevê como desafio para o setor energético a viabilização desse conjunto de projetos de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável.

Também destaca a necessidade de atender aspectos socioambientais nos projetos de geração de energia.

“Isto é, fazer com que a estratégia de expansão da oferta de energia se mostre, a cada ciclo de planejamento, mais sustentável, sendo capaz de atender os objetivos setoriais em consonância com os propósitos de preservação do meio ambiente”, diz o documento.

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