terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Governo de SP vai tentar negociar a Cesp com Dilma

Folha de S. Paulo

Venda ampliaria capacidade de investimento do Estado; 'reestatização federal' adotada na Nossa Caixa é opção

O governador Geraldo Alckmin autorizou que sua equipe negocie a venda da Cesp, a terceira maior geradora de eletricidade do país, com o governo federal.

Para evitar o rótulo de privatizante, o tucano gostaria de adotar o modelo utilizado na Nossa Caixa, adquirida pelo Banco do Brasil.

Com a venda, Alckmin levantaria dinheiro para investir no Estado. Já Furnas, empresa do sistema Eletrobras, viraria líder nacional em geração de energia.

A negociação pode eliminar o obstáculo da renovação da concessão das usinas de Jupiá e Ilha Solteira, que vencem em 2015.

A "reestatização federal" é apenas "uma das hipóteses", afirmou o secretário tucano José Aníbal (Energia), que deve se reunir com assessores de Dilma Rousseff ainda neste mês.

Além do próprio Alckmin (2001), Mario Covas (2000) e José Serra (2008) tentaram vender a Cesp. (Págs. 1 e A4)


 
Ex-vice-prefeito acusa cunhado de Alckmin
João Bosco Nogueira, ex-vice-prefeito de Pindamonhangaba, disse que Paulo César Ribeiro, irmão de Lu Alckmin, primeira-dama do Estado, criou esquema para direcionar contratações.

Segundo Nogueira, Ribeiro liderava uma "quadrilha" que financiou campanhas e pagou propina a servidores.

O nome de Ribeiro aparece em investigação do Ministério Público Estadual sobre a merenda escolar.

Na primeira vez em que comentou o caso com a imprensa, o governador Geraldo Alckmin defendeu o que seu cunhado "preste contas". O advogado de Ribeiro não falou. (Págs. 1, A5 e A6)
Ministério das Cidades libera R$ 37 mi sem análise técnica


No último dia de 2009, o Ministério das Cidades aprovou de forma irregular convênios resultantes emendas de congressistas.

Foram liberados R$ 37 milhões para projetos sem análise técnica. Foram usadas senhas de três servidores, um deles em viagem. A Controladoria-Geral da União instaurou apuração.

Segundo a subsecretária Magda Oliveira, responsável pela liberação, não havia razão para veto. (Págs. 1 e A8)